07 outubro 2008

O POETEIRO

Bom, ando meio sem tempo pra escrever aki(mintira), mas descobri que um primo meu eh um grande poeteiro, eh assim que se denomina quem faz poesias nao eh nao??? Entao, decidi expor esse graaaande talento da familia, graaaande Juio!!

o link do blog dele eh esse>>>>>> http://poesiaalternativa.zip.net/

E ai vai a poesia!
Sem titulo

Espera, vamos com calma, qual dos três vai ser então? Daqui só vejo os mesmos prédios me dizendo com todos os requintes de construção para querer mais. O céu, o balanço, os passos pela calçada até a esquina, a peculiaridade de que os inventores nem imaginavam isso. Som mais calmo trás sangue frio para um texto digamos que ... menos, pessoal. Impossível, seu Jorge fale e entenda-me por de uma só vez, assim destilando sílabas que encaixando-se levam ao por dos dias. Assumo que sinto falta daquela época em que acordava, saldava meus arrependimentos e abria os braços para tentar vencer a multidão, mas nada vem pronto, por mais que eu tenha insistido em idéias de perfeição ao acaso ou simples complexo de genialidade não, por enquanto essas coisas não acontecem. Essas palavras já vem formadas no subconsciente da gente, como que quem nunca ouviu a música já sabe o ritmo e um cego consegue pintar paisagens. Com pouco açúcar, com aquele toque do curvilíneo, com a dedicação de um anjo mascarado, com a feição de causar insegurança, com a proposta de inundar o que não tem chão. Mas em resposta estou aqui, sentado no chão, belo exemplo eu, com o PC no meu colo e olhando para fora as pessoas descerem do morro pra se divertir no mar. Domingo de resquícios sentimentais, as teclas me entendem ou apenas estou imaginando isso pra uma rede de conforto tecer em meu ser algo de instintivamente proveitoso. O baixo contorcido, cada idéia em seu suposto andar, cada cena armazenada na gaveta da ilusão, alusão aos seres, estares, não adianta querer guardar em outro lugar, que não vai ficar o mesmo. Que trauma amargo e gelado acabo de ter, o café ta horrível, vou aumentar o floyd depois que meditar e fazer um novo, meu outro eu não ta em casa, foi ver uns lances de bicicleta. Esse gosto doce e a batida suave só me fazem ganhar tempo, objetivo leve, distante, rabiscando as paredes do presídio ou apenas escrevendo ao meio fio que nada de belo me declamas em contribuição. Energias que compõem, tijolos feitos de situações, cotidiano de dormir e viver acordando, cobranças não declaradas, conforto transparente. Eu estou me sentindo bem, o bom empenho vai passar aqui pra continuarmos a aula de surf, quando de repente vejo o que realmente tenho e o que me cerca, uma radiola tocando vinil com duas caixas, frutos colhidos direto do pé da amizade, esse som é de mais, valeu sebo, valeu 1969, valeu ummgumma, o tampo do violão reflete a luz de velas pra manter a luz baixa nessa manhã praiana, prioridades, um pouco ficou pra trás por enquanto, roots, tem ensaio hoje a tarde, preciso relaxar um pouco, meus braços doem, conseqüências tangíveis da lagoa, vou pegar um relaxante no criado que eu mesmo pintei com spray bordô que consegui junto com a prancha, tenho poucos móveis assim, a maioria fui eu que fiz. Ai se sesse, poeta João da Luz belamente inspirado na voz do cordel define o que sinto, a sensação de estar a caminho deixam no pé aquela leve esperança de algumas cicatrizes de um trabalho que espero que bem feito, conquiste pelo menos a cabeça de alguém, assim sem mais nem menos, grandes atrações martelaram com tudo a linha incerta dessa história. Agora ta passando do pescoço, tenho que olhar pra cima pra respirar, tem uma casa lá em cima que eu nunca tinha visto, valeu enchente, por mais isso. Sacada pequena mais aconchegante, vento constante, nem tento mais pentear o cabelo, aliás, coisas pequenas aqui não, a primeira preocupação é com composições, lá, mi, ré, bemol, fogueira, chinelo, e tirar areia das trilhas que ficou na bike ou das verdades que ficaram nas trilhas, depois a gente olha roupa ou tentação. É quente, mas não da maneira certa, um texto comentado pela esquizofrenia pode ser a resposta do retoque, sei sobretudo que nada vai acontecer, isso é o que mata, já to sabendo de tudo antes que tudo saiba de mim. Uma blusa um pouco ingrata, esforço não medido para o acometido beco da não opção, questões levadas a pauta para a próxima reunião com o travesseiro, certo, incerto, alto, baixo, o que é afinal o final então? Barulhos não costumeiros, já venho. Só a folha do coqueiro esta livre nesse momento, ela tem o necessário ou apenas pensa isso por estar distraídas com coisas mundanas que apenas folhas reparam que existem? Leve lembrança que o vento gelado trás junto com a previsão dos tempos, tempos em que as formas eram imprecisas, formas diferentes de saber que nada se sabe. Só queriam um pouco de terá e o programa pra ouvir com o som do Shankar, viciei todo mundo por aqui, causas muito nobres, doamos um copo de espírito para degustar uma beira da alma, profundas e intensas, mas agora com um leve salgado de aperitivo. Força é a maquiagem ideal para a peça em destaque essa noite, distraindo os segundo enquanto o tempo não chega, sem falhas, as placas tectônicas que digam, vulcão é a resposta de vermelhos ardentes causando desfiladeiros de incompreensões oculares, uma verdadeira obra natural que chamamos de erro e perigo. Apenas levando o que deveria ser analisado com toda dedicação, olhos fechados para a causa, ferida aberta a alienação. Hoje a noite vou conferir minha bagagem, vamos andar no rumo que sai no pântano do sul, tem muito mais estrela no céu de lá, bolacha, barraca, head lamp, violão, cifras novas, toalha de rosto pra não molhar o saco de dormir, caderno e papel para pseudo poesias e bermuda reserva, revisto, colado e carimbado pra não ter perca de tempo, as vezes tenho a impressão de que já perdi minha vida inteira, quando o vinho sobe de mais eu gosto de transgredir a face ao mar e sentir o baque de frente, depois deito na areia, conto os sonetos da minha vida, simplesmente ouço o barulho das ondas quebrando e fico olhando pra cima, procurando no céu um espelho sincero que realmente me diga quem no fundo sou. É claro de mais pra minha simples expectativa de compreensão, esta muito batido, o que fazer quando as idéias se confundem, afinal, se eu sou minhas idéias, as vezes grande e imponente, as vezes, preciso de uma escala pra poder quebrar quando as pedras rolarem pro canto que encanto a minha inusitada diversificação. Cortes e retoques, eu sei que posso e sei que faço a diferença, questão de parâmetros pra no fim medir, estou no para mim ou estou no para o mundo? Que som que veio a tempo? Eu não funciono esse fim de semana, já fiz meu dever para com os calabouços sociais de mais para o ao certo ... tem café novo e pão de queijo, vou descer porque Chico me chama da nostálgica vitrola, temperar esperanças pra de madrugada na hora em que a duvida atacar, alongar um pouco na areia, corpo são, mente ausente, entrelaço alheio e faço, no denso ar futuro, do desbravo mais maduro, do acaso do presente.