12 agosto 2005

CURIOSIDADES DA TERRINHA DA RAINHA!


• Mais de 250 idiomas são falados em Londres;
• 47% da população está entre 16-44 anos;
• Londres é a casa dos estudantes com 306.000 em universidades;
• O número de passageiros, chegando e saindo dos aeroportos de Londres somaram 116.7 milhões no ano de 2002;
• Londres tem vôos diretos para mais de 50 países no mundo;
• Londres tem mais de 30.000 lojas, sendo 3.000 no centro da cidade e 26 grandes feiras onde você encontra de antigüidades a roupas usadas;
• Lugares abertos contam com 30% da área da cidade, incluindo 143 parques e jardins;
• A Oxford Street é a rua mais movimentada da Europa, com 200 milhões de visitantes ao ano e com um movimento de 25 bilhões de reais;
• Londres tem mais de 3.000 bares e pubs, e mais de 150 boates;
• Em média um inglês é tolerante e cabeça aberta;
• Os direitos humanos no Reino Unido são muito respeitados, em Londres as comunidades de diferentes origens, escolhas, religiões e opiniões vivem em perfeita harmonia.






QUANDO O INVERNO CHEGARRRR...eu quero é estar em LONDRES

Hora do sol dormir

O inverno em Londres é como uma seção com o psicólogo, extremamente frio e emocionalmente estressante (calma que a analogia principal do texto não é essa...). Por isso não é estranho a quantidade de brasileiros que, logo nos primeiros dias de novembro, empacotam tudo e voltam pra casa.

E o problema não somente apenas a baixa temperatura. O mais estranho é o fato de escurecer tão cedo. O sol (quando resolve aparecer) vai dormir logo depois das quatro da tarde.

Peço perdão pelas palavras, mas é triste pra cacete. Em algum canto no site oficial do médico popstar Dráuzio Varella está escrito: "Nos países frios existe um quadro de surtos depressivos, chamado depressão sazonal, que está relacionado diretamente com os fotoperíodos, isto é, com a luminosidade". O texto meio chatinho também diz que durante o inverno estamos vulneráveis às flutuações normais do humor e desenvolvemos quadros depressivos. Isso tudo não é novidade.

foto: Francesca Martinuzzi

Afinal, o que te deixa mais feliz, a cor quente do sol lá de cima ou a falta de vida e o cenário todo cinzento da foto ao lado?

Por isso que a perspectiva de passar o inverno por aqui não é das mais animadoras.

Ou melhor, não era.

É que neste inverno, os problemas dos londrinos acabaram! Chegou o gerador de sol instantâneo da Tate Modern. É isso mesmo. Quando você estiver se sentindo triste, cabisbaixo, com saudades do verão, é só dar um pulo em um dos maiores centros culturais da cidade, na beira do rio Tâmisa.

Dentro da Tate, no enorme galpão batizado de Turbine Hall, o artista dinamarquês Olafur Eliasson teve a idéia de criar um sol artificial. Para conseguir o efeito, Olafur cobriu todo o teto do pavilhão com espelhos e construíu um semi-círculo que emite uma luz em frequência tão baixa que, exceto pelo amarelo, todas as cores são invisíveis.

Para dar uma sensação maior de verão, o artista posicionou máquinas que borrifam um vapor d'água. Apesar de maluca, a idéia vingou e o "sol preso" está se transformando no maior point da cidade. Nos finais de semana, a "praia" fica lotada.

Quando o presidente dos Estados Unidos veio visitar a Inglaterra, protestantes formaram no chão, com a sombra de seus corpos contra a luz do sol de mentira, a frase:"Bush out!" (fora Bush). Os jornais que não concordam com a política do texano publicaram a foto na primeira página.


CURIOSIDADES

Compras

Covent Garden
Londres é um paraíso de consumo. A maioria das lojas abre de segunda a sábado, das 9h-10h às 18h-19h. Um dia na semana tem o "late-night shopping", quando as lojas ficam abertas até 20h: às quartas-feiras, em Knightsbridge, e às quintas-feiras em Oxford Street, Covent Garden e Kensington High Street. Aos domingos, parte do comércio funciona de 12h às 18h. Em geral, as lojas aceitam cartão de crédito sem pestanejar. Sempre guarde o recibo - vai precisar na hora de uma troca ou quando pedir reembolso do imposto sobre circulação de mercadoria e serviços, o VAT (Value Added Tax), que é de 17,5%.



Gastronomia

Londres "ultrapassou Paris como centro gastronômico". Na opinião do chef francês Raymond Blanc, radicado na Inglaterra há 25 anos, "os grandes restaurantes franceses continuam sendo grandes mas precisam ter cuidado. O cenário em Londres é mais estimulante. Tem melhor qualidade, melhor serviço e te recebe melhor". Palavra de especialista. O ponto forte é a fusão, a influência de culinárias de várias nacionalidades. Com um pouco de dinheiro é possível comer muito bem em Londres. Procure os restaurantes mais caros - como, o La Tante Claire, The Restaurant, Bibendum - na hora do almoço, quando têm cardápio fixo bem mais barato.

Pubs

Os pubs londrinos continuam com um horário de funcionamento anacrônico: eles fecham às 23h, de segunda a sábado, e às 22h30 aos domingos. Alguns que têm música ao vivo, ou DJs, podem ficar abertos até um pouco mais tarde. O governo prometeu mudanças até o final do ano. Merece um brinde. Ah, sim, menores de 14 anos só entram em pub que serve refeição ou em pub com mesa ao ar livre - e na companhia dos pais. Bebida alcoólica, só para maiores de 18.

No final dos anos 90, algumas cadeias de pubs trocaram o tradicional visual "aconchegante", escurinho, por uma decoração moderna, com o objetivo de serem "women friedly", de atrair mais mulheres e jovens. Deu certo. Superpubs de cadeias como All Bar One e Pitcher & Piano vivem abarrotados.

O costume dos ingleses é comprar bebidas em rodadas. Num grupo de pessoas, cada uma tem sua vez de pagar pra todo mundo. Para cervejas nativas de qualidade, procure as marcas Samuel Smith, Young's, Fuller's, Flowers e Adnams. Evite vinhos em pubs.

Os bares obedecem a regulamentos diferentes dos pubs e podem ficar abertos até tarde. Muitos ganham ares de clube depois das 23h e cobram consumação.

Cafés

Em Londres, o café society está em ebulição. Há uma grande variedade de cafés com diferentes estilos: as tradicionais casas de chá inglesas, pâtisseries francesas, caffès italianos e futuristas cybercafés. São perfeitos tanto para um lanche rápido quanto para um preguiçoso passar das horas. Escolha uma mesa e faça parte do cenário.


Museus
Visitar museus e galerias é um dos passatempos prediletos dos londrinos - e as possibilidades são ilimitadas. Para quem está visitando a cidade pela primeira vez, um conselho: não se afobe e é impraticável cobrir tudo numa primeira visita. Para quem tem pouco tempo, pouco dinheiro e está determinado a realizar uma maratona cultural, um grande encorajamento é o GoSee, um passe com descontos para os principais museus e galerias. Aproveite.

Sinta o clima!!!

Médias e registros mensais


Londres, Reino Unido


Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máximas 7°C 7°C 9°C 12°C 16°C 19°C 22°C 21°C 18°C 15°C 10°C 7°C
Mínimas 0°C 0°C 1°C 3°C 6°C 9°C 11°C 11°C 8°C 6°C 3°C 1°C
Média 3°C 4°C 6°C 8°C 11°C 14°C 17°C 16°C 14°C 11°C 7°C 4°C
Precip. 79 mm 51 mm 61 mm 53 mm 56 mm 56 mm 46 mm 56 mm 69 mm 74 mm 76 mm 79 mm

Corner Médias e registros diários


Londres, Reino Unido
Agosto
Hora local do nascer e do pôr-do-sol.

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Nascer do sol 5:41 5:43 5:44 5:46 5:48 5:49 5:51 5:52 5:54 5:55 5:57 5:59
Pôr-do-sol 20:28 20:26 20:24 20:22 20:20 20:18 20:16 20:14 20:12 20:10 20:08 20:06
Média das máximas 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C 21°C
Média das mínimas 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 11°C 10°C 10°C
Média 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C 16°C

Alôu mae, ve se me manda um dinhero, que to no estrangero e nao tem nem papel....



LIGAR PARA O BRASILLL!

Atenção galera de Londres... ligar de Londres para o Brasil agora ficou ainda mais barato!!! apenas 1p por minuto!!! para isso basta ligar para o número 08448614747 pela Dialwise. Então galera aproveitem para falar com o papai e com a mamãe pq agora é quase de graça.


REGISTRO NA PULICIA!

"Registro na policia" assim que voce chegar a Londres com seu visto de estudante a atendente do Homme Office expressa claramente e lhe mete um carimbão no passaporte dizendo que voce deve ir se registrar em 7 dias na polícia. Isso não é muito facil pra quem chega la Durango Kid pois voce tera de desembolsar para fazer o tal registro dolorosos 34 pounds. Sem esse carimbo, voce pode até passear pelos paises vizinhos, mas terá serios problemas para retornar a Londres, entre outros problemas é claro se a policia resolve fazer um a Blitz em voce!! Como diz um velho amigo meu chines que morou 8 anos no Tibet, "melhor previnir do que remediar né". Ah, o EC vem com essa menssagem "voce devera comparecer a policia e tal dentro de 7 dias apos sua chegada" e bla bla bla!


10 agosto 2005

Sobre su dindin!

CONTA BANCÁRIA
Se você é estudante, para abrir uma conta bancária dirija-se a uma agência com o seu passaporte, uma carta do colégio e um documento que comprove o seu endereço. Com o visto de turista, no entanto, fica bem mais complicado, pois além do passaporte o banco exigirá um ou dois comprovantes de endereço: uma conta de gás ou telefone que esteja no seu nome e o cadastro no registro de eleitores, o que é praticamente impossível para um estrangeiro. Ainda assim eles serão relutantes em fornecer talão de cheques. Além disso, os bancos exigem referências de pessoas que o conheçam por pelo menos dois anos.
Por isso muitos estrangeiros recorrem às Building Societies (Cadernetas de Poupança), que só requerem um documento de identidade e uma prova de endereço que pode ser um cartão de registro no centro de saúde (medical card). As buildings societies também são criteriosas para fornecer talão de cheques a cliente novos, mas você ganha um cartão para movimentar a conta pelo caixa eletrônico sem nenhum problema. Caso necessite fazer algum pagamento pelo correio (contas, reservas de ingressos para shows, etc.), você pode ir ao caixa e solicitar um cheque avulso (counter cheque), que pode ser feito nominal ao destinatário por questões de segurança. Uma outra maneira de fazer pagamentos pelo correio é através de ordem postais (Postal Order), que podem ser obtidas em qualquer agência do correio. Elas vêm em branco e você preenche os detalhes do destinatário, mas não são grátis como os counter cheques.

Óia os ingreis ai!





Pra Não Ser Barrado!!!

ENTRADAS SEM BANDEIRAS -
O que você precisa saber para não ser barrado no baile

SE VOCÊ DESEMBARCAR DISTRAÍDO no aeroporto ou chegar por terra sem conhecer os requisitos dos oficiais da Imigração, estará correndo o risco de ser mandado de volta ao Brasil sem sequer chegar a ver o Big Ben. É na chegada que o visitante ou estudante é avaliado e a decisão do oficial da imigração que o entrevista no aeroporto prevalece sobre qualquer visto que você tenha obtido anteriormente. Os oficiais da imigração podem revistar malas, traduzir cartas, verificar computadores portáteis e documentos.
No ano passado chegaram até a tirar raio-x do aparelho digestivo de alguns brasileiros para verificarem se havia drogas no organismo. Mas o importante é estar atento e não paranóico, pois a grande maioria dos estudantes e turistas brasileiros que vêm ao Reino Unido ainda não encontra problemas para entrar.
No entanto, os que são rejeitados perdem o dinheiro que pagaram pela passagem, que não é reembolsado, e ser barrado é uma experiência bastante traumatizante. Seguindo as recomendações abaixo você pode minimizar as chances de passar por ela:

- PASSAGEM DE VOLTA
É a prova de que você pretende retornar e você deve estar sempre pronto a apresentá-la. Observe para quando seu retorno está marcado, pois muitas vezes eles perguntam quando você pretende voltar e se a sua resposta não condiz com a data da passagem, você terá que esclarecer a divergência e dar todos os detalhes da sua trajetória. Ainda há agências no Brasil que quando vendem uma passagem com retorno aberto, marcam uma data de volta fictícia por exigência da companhia aérea.
Por distração, muitos brasileiros disseram que voltariam antes ou depois daquela data por saber que a passagem poderia ser mudada e, não conseguindo convencer as autoridades de que o retorno estava em aberto, acabaram não sendo aceitos.

- DINHEIRO
É essencial ter dinheiro suficiente para se manter durante a sua estadia sem ter que trabalhar. Nunca diga que vai ficar mais tempo do que o seu dinheiro possa cobrir, a menos que você possa provar que irá receber ordens de pagamento do Brasil. Se não tiver como provar, é bem provável que será rejeitado, já que o método deles é "if in doubt, keep them out". Espera-se que um turista tenha US$75 para cada dia que pretenda ficar no Reino Unido.

- BAGAGEM
Nunca traga nada de terceiros sem saber o que é, incluindo bilhetes e cartas. Quando decidem checar a sua bagagem, eles investigam tudo e às vezes até traduzem cartas pessoais. Qualquer menção a trabalho ou cursos (se você não disse que pretendia estudar) levantará suspeitas. No caso de drogas, a situação é mais grave. Caso encontrem drogas na sua bagagem, você vai tomar chá de canequinha por um bom tempo. Mesmo que seu vôo esteja apenas fazendo escala em Londres, o julgamento é na Inglaterra e se for condenado, a pena (de 6 a 12 anos) é cumprida em penitenciária britânica.

- ENTREVISTA
O fato de ter preenchido as condições acima ainda não garante a sua admissão. O oficial de imigração pode querer saber os motivos de sua viagem e ainda existe a possibilidade de rejeitá-lo apenas por achar que o seu comportamento não é conveniente para o país. Não existe um padrão para essa avaliação: um anúncio publicado no jornal britânico The Guardian recrutando oficiais de imigração para o Aeroporto de Heathrow explicava que o cargo requer "decisões rápidas, justas e baseadas no seu conhecimento e experiência".
Se o oficial suspeitar, mesmo não tendo provas, ele tem autonomia para barrá-lo. No ano passado, por exemplo, um grupo de 72 brasileiros veio à Inglaterra para um festival em homenagem aos Beatles. Os oficiais decidiram entrevistá-los sobre os Beatles e seis brasileiros foram repatriados porque não souberam responder algumas perguntas. Um deles não soube dizer o nome da viúva de John Lennon e o oficial da Imigração não acreditou na possibilidade de alguém viajar para um festival sobre os Beatles e não saber quem é Yoko Ono. Os outros cinco voltaram para o Brasil por não saberem dizer quais integrantes do Beatles ainda estavam vivos ou por não terem sido capazes de citar as músicas da banda que eles conheciam.
O episódio deixa claro que contradições e indecisões sempre levantam suspeitas. Se você não sabe exatamente quanto tempo precisa, seja pragmático: é mais seguro pedir pouco tempo e mais tarde requerer uma extensão de visto caso você decida fazer um curso mais longo. Ao contrário dos oficiais do aeroporto, os funcionários do Home Office (Ministério do Interior) têm que justificar suas decisões (leia a seção Extensão de Vistos) e não lidam com o seu caso de maneira arbitrária.
Outra pergunta comum é sobre as suas atividades no Brasil e eles esperam que elas sejam relacionadas à sua viagem. Se, por exemplo, você é estudante no Brasil e está viajando fora do período de férias escolares, eles vão querer saber por que. Antes de dizer que tem conhecidos na Inglaterra, esteja certo de que eles saibam da sua vinda, pois eles podem ser contatados para confirmar suas intenções. Ter amigos ou parentes no Reino Unido nem sempre ajuda. Muitos oficiais suspeitam de que se você tem contatos com residentes aqui, você veio para ficar e vão fazer várias perguntas sobre essa pessoa. Caso alguém vá esperá-lo no aeroporto, eles podem chamar essa pessoa para confirmar o que você disse antes de carimbarem o visto no seu passaporte. Se você disser que não conhece ninguém e tiver alguém à sua espera é bem provável que eles não o deixem entrar. Já aconteceu de um oficial da imigração chamar o nome de um recém-chegado pelos falantes do aeroporto para ver se havia alguém esperando. A pessoa foi ao guichê da imigração, o turista tinha dito que não conhecia ninguém e foi mandado de volta.

- ESCOLA:
Se você pretende estudar, é necessário comprovar que além de ter pago pelo curso, você tem como se manter durante a sua estadia. Embora os estudantes possam trabalhar até 20 horas por semana, os oficiais da Imigração esperam que você não conte com um emprego de meio período para se manter. Na prática, esse emprego seria um extra e não uma fonte de renda para pagar por transporte, acomodação e outras necessidades básicas. Alguns brasileiros tiveram problemas em 2003 por terem deixado implícito que dependeriam desse emprego para se manter. Se você não tem muito dinheiro mas seus pais o ajudarão no decorrer do curso, esteja preparado para esclarecer como o dinheiro será enviado. Um outro problema que alguns brasileiros tiveram no ano passado foi com matrículas em escolas muito baratas, não reconhecidas pelo British Council ou organizações do gênero. Veja bem, não há nenhuma recomendação oficial para que o estudante se matricule numa escola reconhecida, mas você tem que estudar 15 horas por semana, em horário diurno, numa escola legítima, ou seja, que ofereça cursos de qualidade e controle a freqüência dos alunos. As escolas reconhecidas pelo British Council, BAC, ABLS (the Assocation of British Language Schools), ARELS (Association of Recognised English Language Services) ou BASELT (the British Associaton of State English Language Teaching), são vistas com bons olhos. Em 2004, a incidência de estudantes brasileiros que foram sujeitos a um longo questionamento na chegada foi muito maior entre os alunos matriculados em escolas não reconhecidas por nenhuma das organizações acima citadas.
Alguns brasileiros simplesmente convertem o valor de um curso em libras para reais e não notam que o preço, para os padrões britânicos, está muito abaixo da média. Lembre-se: na teoria, o Departamento de Imigração não estabeleceu nenhuma regra de que as escolas têm que ser reconhecidas, mas na prática

- ENTRY CLEARANCE: Os brasileiros recebem o visto ao chegar no Reino Unido mas é possível pedir uma "entry clearance" (permissão de entrada) no Consulado Britânico (veja a lista de endereços úteis na página 30) antes de sair do Brasil, preenchendo o formulário VAF1.
Mesmo estando matriculado em um curso, você pode não receber o visto de estudante ao chegar, mas sim de turista, e com esse visto não é possível trabalhar nem meio período. Pedindo o Entry Clearance no Brasil, é mais fácil persuadir o Entry Clearance Officer (funcionário do Consulado Britânico que avalia o seu pedido) a conceder o visto de estudante do que um oficial da imigração no aeroporto. Outra vantagem é que desde 13 de novembro de 2003, os oficiais da Imigração só dão vistos de no máximo seis meses, mesmo para estudantes matriculados em cursos de um ano ou mais. Isso significa que mesmo conseguindo o visto de estudante, você terá que renová-lo dentro de seis meses e a taxa para a extensão do visto é £250.
Já a taxa para requerer a entry clearance é de £36 e se você não conseguir um visto com permissão para trabalhar meio período, você pode pedir para alterá-lo sem ter que pagar mais nada. Caso venha acompanhado de esposa ou filhos, você pode preencher apenas um formulário mas pagar £36 por cada pessoa (por exemplo, marido, mulher e filho = £108). Mas se vier sem a entry clearance e ganhar um visto de turista no aeroporto, não será possível pedir o visto de para estudar inglês mais tarde. Turistas só podem permanecer no Reino Unido por seis meses.
A desvantagem de pedir a entry clearance é que o requerimento deve ser feito com uma certa antecedência e você precisa se informar quanto tempo levaria para o pedido ser aprovado. Existe também a possibilidade de decidirem entrevistá-lo, o que pode tornar o processo ainda mais demorado, e além dos documentos acima (passagem e evidência de que tem como se manter), você talvez tenha que apresentar comprovante de renda e outros documentos se for requisitado.
Quando a sua "entry clearance" é aprovada, eles colam uma etiqueta no seu passaporte e é recomendável que você verifique se realmente colocaram "student" e não "visitor" (turista). Observe também que você não pode viajar antes da data que consta na etiqueta e cheque se ela cobre o período necessário, verificando se a "expire date" coincide com o término do seu curso. Essa mesma etiqueta especificará se você deve ou não se registrar na Polícia quando chegar. Se houver qualquer erro você pode pedir ao Entry Clearance Officer que faça as devidas correções.

- APARÊNCIA:
Na teoria, a aparência não deveria ser um quesito para a sua admissão no país. Na prática, ela conta tanto que um ex-oficial da imigração britânica até escreveu um livro sobre o assunto. O inglês Tony Saint escreveu um "romance" chamado Refusal Shoes, que tem como protagonista um funcionário da imigração que não gosta da função que exerce no aeroporto. Depois de passar três anos controlando a entrada de estrangeiros no terminal três do Aeroporto de Heathrow e sete anos no terminal ferroviário do Eurotunnel em Waterloo, Saint garante que seu livro é pura ficção, mas numa entrevista concedida à revista Trip, ele admitiu que algumas histórias relatadas no livro realmente aconteceram com ele, ou ele viu acontecer. E confirma o que muitos estrangeiros descobriram arduamente: você pode ter sua entrada negada no país se estiver usando algo nos pés que não seja considerado de bom gosto, como mocassins envernizados, ou vestindo uma roupa que não combine com o que está dizendo sobre a sua vida ou o motivo da sua viagem.
Como Henry, o personagem principal e narrador da história, Saint disse ao repórter da Trip que em certas circunstâncias se sentia muito mal em relação ao que estava fazendo: "Nunca foi o tipo de trabalho que eu gostei de fazer, mas conheci, sim, certas pessoas que sentiam verdadeiro prazer no que estavam fazendo". Perguntado quantas entradas recusou em dez anos de trabalho, ele diz que recusava entre 20 e 25 por ano, mas que alguns colegas de trabalho recusavam essa média de pessoas por semana e chegavam a competir para ver quem mandava mais estrangeiros de volta ao país de origem.
Um outro ex-oficial da Imigração, Mark Watson, entrevistado por Leros em 1995, disse que se sentia aliviado por ter mudado de profissão: "Se existe uma coisa de que eu me arrependo é de um dia ter sido oficial de Imigração, um emprego onde você tem que ser racista, machista e homofóbico".
Não existe regra para ser aceito no Reino Unido, tudo depende do julgamento pessoal de cada agente e ele tem que acreditar se é verdade ou não a história que a pessoa está contando, como Tony Saint deixou claro na entrevista à revista Trip: "Por exemplo, você, sendo do Brasil, não precisa de visto para entrar aqui, mas tem de satisfazer o agente da imigração quando chega. O caso é que tem muito brasileiro que vem para cá sem nunca ter viajado para o exterior, chega sem falar uma palavra de inglês e diz que está vindo para passar três dias em Londres! Claro que esse vai ficar um tempão na imigração e dificilmente vai conseguir dar uma boa razão para estar vindo para Londres".
Saint diz que ao usar um par de calçados como os que aparecem na capa do seu livro você estará "procurando problemas" (daí o título Refusal Shoes). O que conta é a primeira impressão e não é só a roupa que você está usando que é analisada. De acordo com Saint, eles observam também o modo como você anda e se está nervoso: "Dá para olhar para um cara de terno e dizer que ele, naturalmente, não usaria aquilo, que é só uma roupa para impressionar. Se um homem diz que está vindo passar férias e está de terno, vai ter problemas... Ora, se está de férias, por que o terno?".

RESUMINDO: Embora 90% dos brasileiros obtenha o visto de seis meses sem problemas, a decisão final é sempre do funcionário da Imigração, que pode simplesmente se basear nos termos do Acordo sobre Isenção de Vistos que o Brasil e o Reino Unido firmaram em 2 de julho de 1998, por meio de troca de notas:
"As autoridades competentes da República Federativa do Brasil e do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte reservam-se o direito de negar entrada ou permanência em seus territórios nos casos em que o requerente for considerado indesejável ou inaceitável, no que diz respeito à política adotada pelos respectivos Governos quanto aos procedimentos de entrada ou permanência de estrangeiros."

Si si , Brasileirooooo

08 agosto 2005

O OLHO de LONDRES



Esse dai é um dos pontos turiscos que mais tenho vontade de conhecer, THE LONDON EYE, la de cima da pra se ver quase toda a cidade, e os "carrinhos" são do tipo do pao de açucar e cabem até 25 pessoas, cada volta leva em torno de 30 minutos!!

NÃO é LEGAL.



Basta aproveitar um desses maravilhosos dias de sol em Londres e andar de um lado a outro da Oxford Street para constatar o óbvio: a cidade está, mais do que nunca, repleta de brasileiros. Muitos deles são turistas ou estão trabalhando legalmente, mas há uma imensa parcela que resolveu apostar no incerto, trabalhando e vivendo sem visto na capital do Reino Unido.

Os imigrantes ilegais, depois da dura missão de passar pelo Immigration Office, no aeroporto, geralmente montam repúblicas formadas apenas por compatriotas, a maneira mais barata de se hospedar na capital britânica. Essas casas também servem como uma forma de facilitar a adaptação ao país estrangeiro.

Só quem passou por essa experiência sabe o quanto é difícil a vida do imigrante ilegal. Pra saber mais sobre isso, entrevistamos um grupo – a maioria vindo de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul – que montou uma república no sudeste de Londres. Os nomes dos entrevistados não são necessariamente seus nomes verdadeiros.

Dívidas

Na casa moram, atualmente, oito pessoas. Cinco são de Campo Grande e os demais de outras partes do país. Todos eles saíram do Brasil desanimados com as poucas perspectivas de trabalho e os baixos salários e estavam à procura de um futuro melhor ganhando em libras. Os primeiros a chegar de Campo Grande foram Oscar e André, em novembro de 2001.
“ Fomos até a Irlanda e de lá pegamos um navio pro sul do Reino Unido. Era esse o esquema da época pra burlar a imigração”, conta Oscar. Hoje a rota é outra, segundo ele:

“ O melhor hoje é ir pra Paris e de lá pegar o último Eurostar, quando já não há quase fiscalização”.

Todos eles são pessoas simples que tiveram que contrair muitas dívidas pra conseguir viajar e realizar o sonho de batalhar a vida em um país de Primeiro Mundo. Oscar vendeu o carro da avó e seu próprio carro pra comprar a passagem: “Vendi o meu passado inteiro”, diz ele.

André, além de também vender o carro, financiou a passagem em 12 vezes. Demorou 6 meses em Londres pra pagar todas as dívidas.

Hoje, mais de dois anos depois da viagem, eles estão em situação mais cômoda. André trabalha em um restaurante e Oscar está no ramo de construção civil, mas também ganha dinheiro hospedando recém-chegados nas casas em que aluga.

Saudades

A vida para esses imigrantes ilegais muitas vezes é bastante dura. Preocupados em economizar uma quantia que em Londres não vale tanto, mas que no Brasil é preciosa, eles muitas vezes deixam de se divertir em nome dos seus objetivos. As poucas folgas são aproveitadas em casa mesmo .Viagens para outros países europeus, nem pensar, principalmente por causa do problema da imigração, na volta.

“ A vida aqui é muito triste, sinto saudades da alegria do Brasil, dos churrascos. Ninguém aqui parece confiável, tudo gira muito em torno do dinheiro. Sempre tem alguém querendo te passar a perna”, acha André.

“ Tenho muitas saudades da minha família e da minha filha. Pretendo ir pra lá esse ano, mas acabo arriscado a não conseguir voltar”, conta Oscar.

Miami x Londres
A alagoana Mariana, outra hóspede da casa, chegou há pouco do Brasil. Ela tem a experiência de ter morado um ano e meio em Miami, o que segundo ela ajudou muito na hora de passar pela imigração. Em pouco tempo em Londres, ela já conseguiu emprego e está plenamente adaptada à “Miami européia”.

“ Não senti muita diferença em relação ao lugar que morei nos EUA, a não ser o clima”, diz ela. “As pessoas lá também são mais alegres, mas eu prefiro o jeito de ser do povo daqui”.

Mariana, assim como os demais, também teve que investir bastante na sua viagem. Graças ao dinheiro conseguido em um acordo de demissão, no Brasil, e a um parcelamento em 10 vezes, ela conseguiu chegar a Londres.

Dinheiro fácil?

Entre os personagens da casa, um em especial chama a atenção. Samuel chegou do Brasil no começo de 2004 com a ajuda do pai e, sem conseguir opção melhor, começou a fazer programas: “Nunca tinha feito isso no Brasil e nunca em minha vida pensei que ia ter que fazer sexo por grana, mas não tive opção. Meu visto é de turista e eu não posso trabalhar”, conta Samuel. Ele diz que, hoje em dia, devido ao aumento da fiscalização, é muito difícil conseguir emprego sem um visto apropriado. “A imigração está em toda parte e as empresas, bares, clubes e lojas são mais rigorosos na hora da contratação. E não pense em fazer carteirinha falsa, pois agora eles estão checando”, recomenda.

Sobre as dificuldades do seu trabalho, Samuel brinca: “Como diz um amigo meu, na hora é só pensar na cara da rainha nas notas”. Ele diz ter escolhido Londres por ser uma cidade gay, pelo clima frio e por ter amigos morando na capital. O lado bom da sua história: Samuel diz ganhar em média R$ 11 mil por mês.

Voltar jamais!

Apesar da vida dura de muito trabalho, saudades, poucas folgas e pouca diversão, esse pessoal não pretende voltar em definitivo ao Brasil nunca mais. Todos eles pretendiam voltar depois de alguns anos, mas acabaram mudando de idéia. Não dá mais pra se acostumar aos padrões de salários do Brasil.

“ Dos que vêm fazer a vida aqui, 80% não voltam”, diz André. “Lá a gente só gasta. Aqui consegue juntar”, concorda Oscar.

Para terminar, o experiente Oscar dá um recado para brasileiros que pretendem seguir os seus passos: “Os brasileiros têm que tomar cuidado com os picaretas que vendem pacotes no Brasil incluindo emprego garantido em Londres. Já cansei de ver muitos deles chegando aqui e tendo que pedir ajuda porque foram enganados e não têm mais dinheiro para se manter”.

Segundo Oscar, esses “pacotes” costumam custar no mínimo US$ 800, pagos ainda no Brasil e sem nenhuma garantia. Aceitar propostas como essas é muito arriscado.

E ele ainda dá outra dica: “Venham com dinheiro para pelo menos um mês. Trabalho aqui é o que não falta, mas reservas de dinheiro para o começo são sempre bem vindas”.

HEEEELP ME, PLEASE!

Kit de sobrevivência

As dicas do curso Survive para brasileiros recém-chegados vão desde do inglês básico até como conseguir emprego em Londres

Londres é uma cidade que assusta à primeira vista. Tudo é muito grande, muito longe, diferente e frio. Você torce para encontrar alguém que fale português e tem a impressão de que seu inglês é ininteligível. Diante desse outro mundo, com essa outra cultura, é normal que o brasileiro de primeira viagem se sinta entre maravilhado e perdido. E coloca perdido nisso.

Pelo menos foi como se sentiu Cleverson Souza quando veio do Rio de Janeiro, há cinco anos, sem falar uma palavra de inglês. Necessidade primeira de todo brasileiro, ele ralou muito procurando emprego sabendo apenas uma frase decorada “I’m looking for a job” ensinada por uma amigo da Iugoslávia, e sem entender nada do que diziam como resposta. Dois anos depois, quando o sofrimento maior já tinha passado, ele se sentiu do outro lado.

Ele tinha saído para tirar xerox e viu uma italiana, sem falar inglês nenhum, tentando comprar cartão telefônico. Ele ajudou nas traduções e foi então que a idéia do Survive nasceu. “Eu pensei como seria bom fazer um curso com o objetivo de tentar tirar o cara que tá chegando do sufoco, ajudando em termos de moradia, emprego e, principalmente, inglês”.

Idéia pronta, o primeiro curso Survive saiu em 2002 e de lá para cá, com exceção de dois meses, não parou mais. No último levantamento feito pelo grupo, em março passado, cerca de 400 pessoas passaram pelo curso em dois anos. O perfil dos brasileiros que passaram por lá são de jovens entre 23 e 34 anos de idade, com um equilíbrio na quantidade de homens e mulheres. Os estados que mais emplacam são São Paulo, Paraná e Goiania.

O “Survive – Dicas básicas de como sobreviver em Londres” consiste em quatro horas de curso básico, que acontece sempre no último sábado de cada mês. Ele é completamente gratuito e aberto a qualquer brasileiro recém chegado que apareça lá, e nem é preciso marcar horário, embora eles peçam que as pessoas se inscrevam se puderem, através de e-mail. Todo o trabalho é desenvolvido por voluntários, e o espaço é cedido por uma igreja local.

Ai - m - from - Brézil

A primeira parte do Survive é um curso básico de Inglês bem básico, mas que é uma mão na roda para quem chega sem nem falar nada, nem “the book is on the table”. O camarada aprende desde as perguntas e respostas básicas sobre como se identificar, dizer de onde vem, etc. Eles ensinam não apenas a estrutura básica da gramática e o vocabulário essencial, mas também como a pronúncia seria se fosse escrita seguindo a fonética do português. A primeira frase de Cleverson, “I’m looking for a job”, por exemplo, vira “Ai-m luquin fór a jhob”. O resultado é uma apostila bem engraçada que garante diversão nas horas de curso.

Outras partes do curso são relacionadas a atividades do dia-a-dia em Londres – como pedir informação nas ruas, comprar um passe de metrô ou ônibus, cartões de telefone internacionais e até as várias formas de ligar para o Brasil. Eles também explicam como comprar celular, encontrar emprego, preenchimento de application forms. A sessão de vocabulário é interessante, bem voltada para as palavras úteis em determinados empregos. Finalmente, lá estão os contatos mais importantes, endereços de agências de empregos e informações relativas a como abrir conta em banco, mandar dinheiro para o Brasil dentre outras dicas.

Mais que uma mãozinha

Para quem já não tem tanto problema com o Inglês, existem dois outros cursos promovidos pelo mesmo grupo que são também destinados a ajudar brasileiros. Todos os sábados acontecem turmas de conversação, para quem quer conhecer gente nova e praticar o inglês.

Outro curso que tem tido uma procura grande é o de Silver Service, profissão bem cotada entre a comunidade brasileira, que é organizado por amigos do grupo em um outro espaço. O curso é aberto a todas as nacionalidades e quase sempre tem a lotação de cinquenta pessoas esgotada. Portanto, seria uma boa idéia entrar em contato para reservar uma vaga.

No entanto, mais que uma ajuda para quem está chegando, o Survive e os outros cursos para estrangeiros recém chegados é também uma forma de fazer amigos. Aliás, um dos melhores amigos de Cleverson hoje em dia foi um brasileiro que chegou no curso.

Depois do sufoco

Apesar do sufoco dos primeiros meses, o brasileiro é altamente adaptável à realidade londrina. Foi essa a conclusão a que Cleverson chegou e publicou na tese de mestrado, “Brazilians in London - From a Multicultural Country to a Cosmopolitan City”. Durante os meses de pesquisa, ele entrevistou centenas de brasileiros e concluiu que eles têm mais facilidade de se adaptar por causa do caráter multicultural de Londres, o que dá uma vantagem para eles em realação a cidadãos de outros países. “Brasileiro não se importa de dividir quarto ou de morar com um estranho, seja ele chinês, polonês ou outro qualquer. E essa relação faz com que o brasileiro amadureça mais rápido, ao mesmo tempo que perde muito dos preconceitos.

Além disso, o fato de os dois países terem uma formação multicultural ajuda o brasileiro a se identificar com a realidade em Londres muito mais fácil do que se fosse em um outro local. Além disso, a pesquisa revelou um pequeno mas interessante retrato da comunidade brasileira: a maioria nunca saiu da casa dos pais antes de chegar a Londres mesmo que já tivesse conquistado independência financeira, e todas as dificuldades enfrentadas nessa vida do lado de cá o relacionamento com a família. “Eles aprendem a valorizar os confortos que os pais ofereciam depois de passar dificuldade, ao mesmo tempo que os pais aprendem a respeitar mais o filho que está na Europa”, afirma Cleverson.


Serviço:

O curso Survive acontece sempre de 13h às 17h, a cada segundo e último sábados de todo mês, na Igreja City Gates, 7 Greens Court, Soho – W1F 0HQ. O e-mail para mais informações e inscrições é survivalcclondon@yahoo.co.uk. As turmas de conversação acontecem no mesmo local, todos os sábados, entre 11h e 13h.

Já o curso de Silver Service acontece na segunda segunda-feira de cada mês, a partir das 19h, na Baptist Church, em Porchester Road, W2 5DX. Fica quase em frente à estação de Royal Oak. Mais informações www.londonclever.com

Descendentes de Italianos, espanhóis, etc e tals

Em busca dos antepassados

Ter a chance de conseguir um passaporte europeu pode facilitar muito a vida de quem é brasileiro na Europa. Mas se for decidir contratar serviço profissional, preste atenção

Na Lee

Muitos são os caminhos pelos quais os brasileiros tentam residir no Reino Unido. Um deles, e sem dúvida um dos mais seguros, é a obtenção de cidadania européia através de antepassados europeus. Desde a institucionalização da cidadania européia no Tratado da União Européia em 1991, todos os cidadãos dos estados membros passaram a valer se do direito de viajar, trabalhar e residir em qualquer país da UE sem a menor burocracia.

A UE conta atualmente com 25 países membros, sendo elas: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Finlândia. França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca e Suécia.

Sendo os brasileiros um resultado de miscigenação massiva entre europeus, africanos e nativos, não é raro achar algum laço europeu na árvore genealógica. O problema é que esse laço não garante o direito à naturalização. Então, quais são os requisitos para aqueles que possuem um gene europeu no DNA? Depende. Cada país tem a sua própria legislação quanto a questão.

Para a obtenção de cidadania portuguesa ou espanhola é preciso ser filho ou neto de imigrantes. No caso espanhol, o direito só é válido depois que o interessado residir por pelo menos um ano legalmente na Espanha. Na Itália, o direito é restrito aos filhos de mãe italiana nascidos depois de 1948 e filhos, netos e bisnetos de homens italianos. Já para os descendentes de alemães, o caso complica. Só possuem direitos os filhos de mãe alemã nascidos depois de 1975 e filhos de pai alemão nascidos antes de 1975. Caso um cidadão alemão tenha emigrado da Alemanha antes de 1904 perde automaticamente a sua nacionalidade alemã após uma permanência de 10 anos no exterior.

Depois de verificar se você pode tentar pedir a cidadania européia, vem o próximo passo, talvez o mais cansativo, caro e frustrante: achar os documentos que comprovem a sua descendência. Nessa etapa, também varia de país para país a papelada necessária para dar entrada na naturalização. Porém o básico em todos os casos é: certidão de nascimento, casamento e óbito (em caso de falecimento) dos antepassados.

E é justamente aí que muitos brasileiros acabam se enrolando e contratam profissionais especializados em busca de documentos perdidos, assistência no encaminhamento do processo e legalizações. O que não se deve esquecer é que esses profissionais não criam passaportes europeus, mas apenas prestam serviços de consulta, despacho e tradução. Caso a pessoa não disponha de tempo ou não tenha condições de se comunicar na língua necessária, eles são uma alternativa viável. Entretanto, é preciso tomar muito cuidado na hora de contratá-los, existem muitos “agentes” falsários vendendo sonhos.

Eduardo Martinelli, 33, foi um dos muitos que caíram na armadilha. Ele chegou em Londres, em agosto de 2002, com visto de estudante já procurando os certificados de casamento e óbito de seu bisavô italiano. Logo que começou a trabalhar na rua distribuindo panfletos, conheceu pessoas que haviam contratado um “agente” brasileiro na Itália. Não perdeu tempo e já entrou em contato por telefone. Desembolsou 400 pounds e enviou os documentos que ele já tinha via fax. O “agente” sempre respondia com otimismo e entusiasmo, chegando até a alegar que já havia achado os documentos que faltavam. Quando Eduardo viajou à Itália, em março de 2004, para dar entrada no processo, a surpresa, não havia nenhum documento. O “agente” conseguiu abafar a situação e Eduardo voltou mais duas vezes à Itália, quando finalmente percebeu que foi enganado. Exigiu o reembolso da taxa, mas só recebeu a metade sob alegação de que foi feito muito trabalho em cima do caso.

Além da taxa paga ao picareta, Martinelli gastou com passagens aéreas, hospedagem na Itália, conta de telefone, tempo, paciência e frustração, sem nenhum retorno. Desistiu de procurar os documentos via terceiros e agora pensa em voltar para o Brasil, em setembro, onde vai pesquisar melhor os detalhes de seu bisavô.

Mas há também profissionais sérios no ramo. Carina Estrella, 28, amiga de Eduardo, reside hoje em Londres como cidadã ítalo-brasileira. No começo não foi fácil. Chegou em Londres, há três anos, também com visto de estudante. Já sabia que seu bisavô da parte materna era italiano, só precisava da certidão de nascimento para poder dar entrada na naturalização. O problema era que ela não sabia a Comune em que o bisavô havia nascido.

Em julho de 2003 entrou em contato com o mesmo “agente” de Eduardo. Depois de um mês de conversas desistiu e foi procurar outro profissional. Dessa vez, a agente morava em Londres e era brasileira. O trabalho dela era dar assistência e fornecer contatos com advogados e despachantes na Itália. Carina gastou 200 pounds com a agente, 400 euros com o despachante e 1500 euros com a advogada. Sempre teve que pagar metade da taxa na entrada e o resto só com o resultado na mão.

Entre março e agosto de 2004 viajou quatro vezes à Itália seguindo o processo legal, etapa por etapa, e na última vez que voltou de Nápoles, passou pela imigração britânica com a identidade européia em mãos.

Para aqueles que têm interesse em obter cidadania européia por possuir um antepassado europeu , ou para aqueles que já estão no meio do caminho para obtê-la, aqui vão algumas dicas:

Pesquise bastante. Internet é uma fonte gigante e grátis.

Peça para sua família te ajudar. Se você se encontra no Reino Unido e sua família no Brasil, ela pode ir atrás de informações e documentos preciosos nos consulados e cartórios.

Se tiver condições, vá para o país em questão e tente vasculhar sozinho.

Se precisar mesmo de ajuda profissional procure referências e dicas de pessoas que já obtiveram resultados positivos.

Lembre-se: Profissionais sérios nunca pedem o dinheiro com antecedência. Eles têm que mostrar algum serviço.

Tu Tu Turismooo!

Elephant & Castle

Em Londres, quase todos os caminhos passam por essa área que, amada ou odiada, tem o mérito de ser um dos principais pontos de interligação entre o Norte e o Sul da cidade.

Por Ana Lúcia Bianco

Elephant & Castle tem história e personalidade. É o típico lugar onde o termo "ame-o ou deixe-o" é aplicado à risca. Conta a lenda que a região nasceu a partir de uma decepção amorosa protagonizada por Charles I, em 1625. Dois anos antes de assumir o trono da Grã -Bretanha e da Irlanda, o príncipe apaixonou-se por Enfanta de Castilla. Mas o desejo de se unir à princesa foi frustrado, pois Charles não aceitou se converter ao catolicismo romano - condição imposta pelo governo hispânico. O drama vivido pelo jovem, no entanto, foi perpetuado pela abertura do pub, batizado Enfanta de Castilla. Nome que sofreu curruptelas antes de chegar ao hoje conhecido Elephant & Castle. A área foi reduto de arqueiros e viajantes das regiões circunvizinhas durante mais de 300 anos, até ser destruída por uma bomba alemã na Segunda Guerra Mundial.

Depois de 1945, o local foi reconstruído e se tornou uma das principais artérias no tráfego e comunicação entre linhas de ônibus, metrô e trem de Londres. Sem contar sua privilegiada posição próxima ao Rio Tâmisa. Elephant & Castle integra a Zona 1 e é uma importante ramificação para a rede de ônibus do Centro-Sul londrino. Em Elephant passam duas linhas de metrô, a Bakerloo e Northern, assim como as linhas de trens dos ramais Thameslink e South Eastern.

Elephant & Castle, no entanto, não é sinônimo de beleza. Seu principal shopping, que leva o nome do local, por exemplo, é visto como um dos edifícios mais medonhos da cidade. Tanto que um mega milionário plano para a remodelação de Elephant tramita na administração londrina. Um projeto tão complexo e caro que, segundo estimativas, deve ser concluído em 12 anos.

Vista no passado como a Piccadilly Circus do Sul de Londres, a região se transformou num centro de vida estudantil a partir da instalação dos campi da London South Bank University e da London College of Printing . Em conseqüência, vieram a livraria Blackwell's , na London Road, e o sebo Tlön Books , no shopping center. Hoje, é latente a diversidade racial do local, principalmente entre os povos de origem hispânica e africana.

O mais chamativo edifício religioso da região é o Metropolitan Tabernacle , com a sua fachada grandiosa. Mais retirada está a Catedral de St. Mattew's-at-the-Elephant.

Serviços

Enquanto a revitalização da área não acontece, há muito para se aproveitar na oferta de serviços. Em geral, os preços são inferiores aos aplicados na fervilhante porção central da cidade e nos bairros mais elegantes posicionados ao norte do Tâmisa. Uma cópia de xerox pode ser feita ali por £0,05, menos da metade do cobrado em outras regiões de Londres. Há também inúmeras opções de supermercados, drogarias, lavanderias, alfaiataria, e lojas que fazem fotos para documentos, revelações de filmes e pequenas reformas em roupas. Sem contar facilidades como Royal Mail e Internet Café. Vale conferir a improvisada feira montada ao redor do shopping. No reduto latino, vende-se de tudo um pouco, desde camisetas a £1, a adaptadores de tomada que, na barganha, saem por £1,50. Há também frutas, verduras, edredons, lençóis, luvas e gorros.

Comer e beber

Quem optar por Elephant & Castle para se reunir com os amigos terá boas supresas. A cerveja nos bares vizinhos à estação de metrô sai por £1,50 - valor bastante inferior ao cobrado nas regiões mais badaladas, como Piccadilly ou Camden Town. Sem falar que alguns estabecimentos ali têm fama e história, como o pub que leva o nome da área.

Merecem ser visitados os vizinhos JD Wetherspoon e o Nando's , (119 Newington Causeway, London SE1 6BA). O JD Wetherspoon agrada pela decoração moderna e ambiente descontraído. Além dos tradicionais wraps, massas, paninis e jacket potatoes, são encontrados ali drinques sem álcool, pratos lights e combinações especialmente formuladas para o público vegetariano. O Nando's é especializado em carne de frango.

Para quem curte novos temperos e sabores, há ainda o colombiano La Bodeguita ( London SE1 6TE - Tel : 0870 011 3810) - ambiente tipicamente latino. Integram o cardápio muito chilli, guacamole, empanadas e chorizo. E, para quem não resiste aos grelhados, o famoso churrasco argentino.

Lazer

Elephant & Castle fica muito próximo dos principais pontos de agito da cidade. De ônibus o percurso até Trafalgar Square não demora mais que 15 minutos. Quem decide ficar por ali pode dar um pulinho no Superbowl - boliche que fica bem pertinho da estação de metrô, na parte superior do Shopping Center Elephant & Castle, ou gastar umas libras no Coronation Bingo.

Festas latinas, etíopes, som hindu e muitas opções alternativas são conferidas na Coronet, histórico espaço que recebeu investimentos de milhares de pounds para se transformar numa casa de shows, espetáculos e cinema. O edifício estilo Art-Deco tem capacidade para 2,2 mil pessoas, começou sua vida como um teatro no século XIX, e se transformou em cinema em 1910.

Cultura

O Museu Imperial da Guerra ( Lambeth Road, London, SE1 6HZ - Tel: 020 7416 5320) foi fundado em 1917 e ocupa o prédio do antigo Hospital Psiquiátrico Bethlehem. A visita é um fascinante insight da guerra do século XX. O museu reúne mais de seis milhões de fotografias, veículos blindados, armas, posteres, insígnias e equipamentos dos mais recentes conflitos em que a Grã-Bretanha tomou parte. O espaço é muito menos uma celebração da guerra e muito mais um tributo aos indivíduos que nela estiveram envolvidos. A entrada é franca.

O mais foda!

Mudar, sair do seu mundinho, conhecer novas pessoas, novas culturas, passar por perrengues, novas imagens, novas aventuras e tudo mais. Eh mais ou menos isso que todo mundo quer quando resolve sair do país, seja indo pra Londres seja indo pra Hong Kong, massss, tudo tem seu preço né e eu ja to pagando esse preço. Já vejo o jeito que minha mãe me olha, ja leio seus pensamentos do tipo "ai meu Deus, meu filho ta indo embora", já escutei minha namorada, minha 'Ursa' que eu amo tanto dizendo que não vai aguentar ficar tanto tempo longe, ja convenci ela a não terminar comigo agora... já sinto medo, ja penso penso e repenso, 'será que to fazendo a coisa certa'? Ja penso na grana que vou gastar pra ir embora, ja penso em "N" coisas que as vezes penso em desistir de tudo!! Mas não sei o que faz com que eu não desista da idéia, nem quero mais pensar no que vou encontrar por lá, no que vou passar quando estiver lá, agora preciso me concentrar, correr atrás da papelada e entregar na mao de Deus. T alvez o mais phoda de tudo eh ter o otimismo imenso que me diz 'voce vai e pronto', encare isso!!